Muitas pessoas ainda confundem os termos da Espiritualidade. Veja algumas definições e conceitos que os Espíritas seguem e ensinam.
Quem já ouviu falar a frase “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia” de Willian Shakespeare, sabe que realmente algumas coisas acontecem e que fogem do padrão da normalidade. A ciência prova, a religião teoriza, afinal, em quem acreditar? Mas, e se houvesse algo que unisse as duas vertentes e que de certa forma completasse as lacunas de ambas em uma só? Isso existe, e se chama Espiritismo.
A Doutrina Espírita (muitas vezes confundida com algum tipo seita pagã, gerado em boa parte por preconceito religioso) é o que podemos chamar da união entre a ciência e o metafísico. E, apesar de alguns lugares classificarem o Espiritismo como Religião, Allan Kardec, precursor e maior nome na espiritualidade, classifica como uma doutrina que une os conhecimentos científicos, a filosofia e a religiosidade em uma só ciência, procurando uma melhor maneira para ensinar as pessoas sobre o universo metafísico através das comprovações da ciência de um modo mais fácil o possível.
Segundo os próprios pesquisadores, os fenômenos mediúnicos (comunicação entre espíritos) vêm desde os primórdios da humanidade. E, de tal maneira, seriam universais e fortemente descritos nos livros sagrados, como por exemplo, a Bíblia.
O que o Espiritismo emprega?
Os conceitos doutrinários empregados pelo Espiritismo são de que a existência e unicidade de Deus é a inteligência superior por trás de tudo e de todos, ou seja, a causa primária e universal de todas as coisas. Assim como a criação do universo, dos seres racionais e também dos irracionais, etc. Tudo interligado através da lei de aprendizagem e progresso.
Segundo os fundamentos da doutrina, o nosso espírito é imortal. Fruto da Criação Divina interligada ao físico por meio de uma ligação chamada de perispírito; há também a reencarnação do espírito – para que possamos aprender mais e buscar o alcance da perfeição; a lei do livre-arbítrio, na qual você escolhe para qual lado “jogar” – bem ou mal – você pode vir com a capacidade de ser ignorante, mas se modificar sem a obrigatoriedade. Capacidade de se comunicar com os espíritos através do dom mediúnico; A Lei de causa e efeito, criada por Newton e que de certa maneira é compreendida como uma forma universal de “Para tudo o que você faz, você recebe da mesma forma” independente do espírito (Quem semeia o bem, colhe o bem. Quem semeia o mal, colhe o mal);
Para o Espiritismo, Jesus é o guia criado por Deus para que a humanidade seguisse como modelo de caridade, humildade e compaixão. Os evangelhos são considerados como o maior roteiro para o homem de aprendizado ético-moral, mas que saia das palavras e parta para a prática, afim do objetivo ser atingido pela humanidade. A ajuda ao próximo e o auxilio sem pensar em algo em troca; a caridade como fonte da salvação; a fé; em outras palavras, a fraternidade como uma só irmandade.
Allan Kardec
Hippolyte Léon Denizard Rivail ou popularmente conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec (1804 – 1869) foi um grande educador e tradutor francês, precursor da Doutrina Espírita e o pioneiro no ramo de pesquisa paranormal do mundo.